Artista premiado, Geraldo Pontes, há 37 anos se dedica a arte na região do Vale do São Francisco. Formado em Licenciatura em dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), participou e ganhou diversos concursos de Miss e fantasias de carnaval, na categoria de luxo. Entre eles, estão os prêmios de Miss Bahia e de várias edições do Baile Municipal de Petrolina.
A dedicação intensiva a arte lhe rendeu frutos. Em 1991 cria a primeira edição do concurso de beleza e teatro de revista Victor-Victória, cujo ganhador foi o conhecido Devilles Sena, com o objetivo de premiar e valorizar a arte de transformistas no Vale do São Francisco. Após 15 edições, houve uma pausa por nove anos para um processo que Pontes chamou de “amadurecimento”. “Mas o concurso está de volta para trazer alegria e entretenimento a região”, declarou.
No próximo sábado (28), oito participantes vão mostrar o talento nos palcos do Victor- Victória 2016, no Centro de Cultura João Gilberto. Segundo Geraldo Pontes: “é a valorização do ser, de uma arte, que aos poucos está morrendo. Poucas pessoas ainda fazem o teatro de revista. A gente tenta resgatar o teatro musical e o concurso de miss” ressalta.
Geraldo Pontes explica ainda que nessa edição, três blocos de shows vão acontecer entre as etapas do evento, com artistas locais e nacionais, como Rogéria, que depois de 20 anos retorna à Juazeiro; o bailarino e diretor Edy Star artista da terra e discípulo de Raul Seixas; e Aloma que vem do Rio de Janeiro.
Oscar
A novidade desse retorno fica por conta da premiação do Oscar destinado a personalidades que valorizam e reconhecem a importância da arte para a região. Serão pontuadas a melhor fantasia e vestido de noite, com três colocações, e a miss simpatia, escolhida pelo público. “No processo de votação durante o espetáculo, os jurados se pronunciam e o resultado a gente vai computando. Com isso evitamos comentários de que haja apadrinhamento, é uma forma mais transparente” informa Pontes.
O concurso, para Geraldo Pontes, tem um significado muito maior do que só beleza e arte: “Se fala tanto em preconceito, discriminação, de homofobia, de família. Esse espetáculo promove a valorização do ser humano, independente da sua orientação sexual, etnia, religião. A gente respeita todo mundo” finaliza.
Por Lauana Sento Sé