Balanço parcial dos ministérios da Saúde e da Educação registrou, até as 17h30 desta quinta-feira (25), a inscrição de 18.545 profissionais no Mais Médicos, dos quais 3.102 haviam entregado a documentação completa para participar do programa. Os inscritos, porém, terão até domingo (28) para completar o processo e escolher os municípios em que querem trabalhar. O governo espera atrair 10 mil médicos para atender regiões carentes no interior e na periferia das grandes cidades.
As inscrições terminaram às 23h59 desta quinta e o balanço final dos inscritos deverá ser divulgado ainda na manhã desta sexta (26), incluindo o número de estrangeiros interessados, que também poderão ser chamados caso os brasileiros não preencham todas as vagas disponíveis.
O governo deve abrir outras rodadas de inscrição para preencher vagas não ocupadas até o fim deste ano.
Pelo balanço parcial, 3.333 municípios registraram o interesse em receber os médicos, quase 60% do total de cidades do país. O governo deverá divulgar o número de médicos que cada um requisitou no programa.
A previsão do Ministério da Saúde é que até 18 de setembro todos os profissionais escolhidos dentro do Mais Médicos estejam atuando no país. O programa é instituído por meio de medida provisória assinada pela presidente Dilma Rousseff, e regulamentado por portaria conjunta dos Ministérios da Saúde e da Educação.
No dia 1º de agosto, o governo divulgará a lista de profissionais com registro profissional no Brasil selecionados para o Mais Médicos. Ele terão até o dia 3 de agosto para homologar sua participação no programa e assinar um termo de compromisso. No dia 5 de agosto, os nomes dos médicos brasileiros serão validados no “Diário Oficial da União”.
O número de vagas que não forem preenchidas por profissionais brasileiros será divulgado em 6 de agosto. Até o dia 8, o ministério irá selecionar os médicos do exterior que se inscreveram para o Mais Médicos. A relação dos estrangeiros que serão contratados será publicada em 13 de agosto.
Boicote
Na semana passada, o Ministério da Saúde registrou uma série de denúncias sobre um suposto boicote do Mais Médicos pela categoria, em parte insatisfeita com as regras do programa. Houve relatos de grupos que usaram as redes sociais para inviabilizar e atrasar a chamada de profissionais.
A ideia seria gerar um alto número de inscrições formais e, posteriormente, provocar uma desistência em massa, prejudicando os reais interessados na participação da iniciativa.
A pasta pediu investigação ao Ministério da Justiça, que acionou a Polícia Federal para apurar se houve sabotagem e crime em supostas tentativas de retardar ou impedir a contratação dos médicos.
Desde o lançamento do programa, as principais entidades da categoria romperam o diálogo com o governo e acionaram a Justiça para barrar a contratação de estrangeiros sem revalidação de diplomas expedidos fora do país e comprovação da proficiência em português.
(G1)