Na primeira visita à Bahia depois que confirmou a sua candidatura à Presidência da República, Marina Silva (PSB) faz campanha, sábado, 6, em Brumado e Vitória da Conquista, municípios situados do sudoeste do estado.
Acompanhada da senadora Lídice da Mata (PSB), candidata ao governo da Bahia, e da candidata ao Senado, Eliana Calmon (PSB), Marina participa de caminhada seguida de comício.
Empatada tecnicamente, nas pesquisas, com a presidente Dilma Roussef (PT) no 1º turno e virtual vencedora em um 2º turno com a petista, Marina confirmou a ida a Brumado e a Vitória da Conquista por questões estratégicas de campanha.
Brumado é onde o vice na chapa de Lídice, Eduardo Vasconcelos (PSB), foi prefeito em duas gestões, e Vitória da Conquista é governada há mais de 20 anos pelo PT, mas que vem, segundo o coordenador geral da campanha e porta-voz da Rede na Bahia, Júlio Rocha, registrando um “esgotamento do projeto petista local”.
Ele lembra que na eleição presidencial de 2010, quando José Serra (PSDB) disputou com Dilma Rousseff, Serra ganhou em Conquista no primeiro turno e no segundo. Marina, então candidata pelo PV, embora tenha ficado na terceira colocação, pontuou bem próximo de Dilma.
“As pesquisas indicam que Marina tem grande penetração nos médios e grandes centros urbanos. Ela deve voltar a Salvador, mas nossa ideia é priorizar o interior”, explicou Rocha, ressaltando que Conquista, por ser o terceiro colégio eleitoral da Bahia, é importante para afirmar o projeto de governar de Marina, que rompe, inclusive, com a lógica da concentração.
“Queremos aprofundar as conquistas, mas qual é o grande dilema dos nossos oponentes: Marina vem de uma formação da esquerda, quer dialogar, mas quer dialogar além do PT, é pós PT”, assinala Rocha.
Terrorismo
Já o coordenador de organização da Rede Sustentabilidade na Bahia, Antonio Daltro Moura, definiu como “terrorista e desrespeitosa” a campanha do PT contra a candidata do PSB à Presidência.
Na última terça-feira, a propaganda na televisão da candidata do PT, Dilma Rousseff, compara Marina aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello, que não completaram seus mandatos. Jânio renunciou e Collor perdeu o mandato por impeachment.
Na voz do locutor é dito: “Duas vezes na nossa história o Brasil elegeu salvadores da pátria, chefes do partido do eu sozinho. E a gente sabe como isso acabou”.
Moura lembrou que na eleição presidencial de 2002, Lula também foi vítima de campanha que pregava o ” terror e o medo”, mas acabou vencendo o pleito. “A mesma coisa vai acontecer, agora. Quanto mais se fala em Marina, principalmente quando os adversários falam mal, a tendência dela é crescer ainda mais nas pesquisas”.
A Tarde