A indústria brasileira seguiu demitindo no mês de julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O emprego no setor caiu 0,7% na comparação com junho, no quarto mês seguido de retração. Com isso, o emprego na indústria acumula perda de 2,6% no ano.
Houve diminuição de empregos apesar de produção da indústria no mesmo mês ter crescido um pouco. A alta foi de 0,7% em julho na comparação com o mês anterior. O resultado, divulgado no início de setembro, interrompeu cinco meses seguidos de resultados negativos.
Na comparação com julho do ano passado, o emprego industrial caiu 3,6%, a 34ª baixa seguida nesse tipo de comparação e a mais intensa desde novembro de 2009 (-3,7%). Foi registrada queda em todas as regiões pesquisadas e na maioria dos ramos, com destaque para o recuo de 5,1% de São Paulo e para o das indústrias de produtos de metal (-12,2%), de meios de transporte (-7,2%), de máquinas e equipamentos (-6,7%) e de alimentos e bebidas (-3,8%), entre outras.
Nos sete primeiros meses do ano, o emprego industrial acumulou taxas negativas em 13 dos 14 locais e em 14 dos 18 setores investigados. O principal impacto negativo também partiu de São Paulo, que mostrou queda de 3,7%. Na análise por setores, as maiores contribuições negativas vieram de produtos de metal (-6,7%), máquinas e equipamentos (-5,0%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,7%), entre outros.
Horas pagas
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 0,3% sobre junho, a terceira taxa negativa seguida, acumulando nesse período perda de 2,4%. Já em relação a julho de 2013, o indicador recuou 4,2%, a 14ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde outubro de 2009 (-5,3%). No ano, o índice acumula queda de 3,1%.
Folha de pagamento
Em julho de 2014, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria recuou 2,9% sobre junho, o segundo resultado negativo consecutivo nessa comparação, acumulando no período redução de 5,2%. O destaque ficou com a indústria de transformação e o setor extrativo, ambos com queda de 2,7%, apontaram taxas negativas. Na comparação com julho de 2013, os salários recuaram 3,4%.
G1