Garantir o saneamento público e sua universalização foi o tema do I Seminário sobre Saneamento Básico em Juazeiro, que aconteceu na última segunda-feira (15) no Centro de Cultura João Gilberto. Promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente – SINDAE, SINDURB e SINERGIA, o seminário trouxe como palestrante o professor e engenheiro sanitarista Luiz Roberto Santos Moraes, que discorreu sobre o financiamento do saneamento básico no Brasil, abrindo um amplo debate com os demais participantes.
Do alto da experiência de 46 anos de atuação como engenheiro, Alberto Gaspar ressaltou que somente agora as coisas estão acontecendo em Juazeiro, referindo-se ao saneamento básico. “É preciso remover as dificuldades e buscar as possibilidades como está sendo feito neste governo”, lembrou.
Já o engenheiro ambiental André Loyola, afirmou ser um absurdo ainda existirem cidades no país sem o saneamento básico, tão necessário à saúde humana. Ele lamentou também a poluição no Rio São Francisco, mas se disse confiante nas propostas abordadas durante o encontro.
Representando a Codevasf, o engenheiro Antônio Carlos Chaves sugeriu a interlocução dos organizadores do seminário com os prefeitos da região, no sentido de cobrarem mais orçamento para a Codevasf que, em sua opinião, vem dando uma grande contribuição com ações voltadas para a melhoria das cidades assistidas pela entidade. Chaves disse ainda, que o Rio São Francisco agoniza por falta de uma politica efetiva do governo federal na revitalização do mesmo e defendeu a transposição a partir da bacia do Tocantins, antes de tirar água do São Francisco para outros estados do Nordeste.
Outro que abordou a poluição do rio São Francisco foi o representante do IRPPA, João Inaldo, destacando também a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico que está em curso no município de Juazeiro.
Para o diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE/Juazeiro, Joaquim Neto, eventos como esses fortalecem a luta daqueles que querem uma cidade onde todos possam viver com dignidade e qualidade de vida. Joaquim elencou as ações desenvolvidas pelo SAAE na melhoria do sistema de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, destacando que, após a conclusão das obras de saneamento, prevista para 12 meses, a cidade ficará com 90% da área saneada.
“É notório o crescimento de Juazeiro nos últimos cinco anos e isso nos leva a novos investimentos, buscando sempre atender a demanda da população de acordo com as prioridades. Já avançamos muito, mas ainda há muito a ser feito e, para isso, contamos com a confiança do prefeito Isaac Carvalho e com o apoio de uma equipe técnica comprometida com esses avanços”, pontuou Joaquim, que participou amplamente do debate e respondeu a perguntas feitas pela plateia.
Para o palestrante Luiz Moraes, saneamento básico é muito mais do que a obra física, representa, em sua opinião, um direito social que deve ser estendido a todos. Moraes abordou temas como o financiamento para obras de saneamento, aproveitamento das águas de chuva, Plano Municipal de Saneamento, reuso das águas e definição de saneamento. O professor parabenizou Juazeiro pela implantação do aterro sanitário e pela elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, enfatizando que, caso Juazeiro venha a atingir os 90% de saneamento, será considerada igual as cidades de primeiro mundo.
SAAE