O dólar subiu 1,95% no pregão de hoje (23) e fechou o dia cotado a R$ 2,429 para venda. O valor de fechamento é o maior desde 3 de fevereiro, quando a moeda norte-americana havia encerrado o dia valendo R$ 2,415.
A cotação subiu mesmo com a ação do Banco Central, que aumentou a rolagem (renovação) dos contratos de venda de dólares no mercado futuro para conter a alta. Até semana passada, a autoridade monetária leiloava 6 mil contratos de swap cambial por dia. A oferta subiu para 15 mil.
Fatores internos, como a corrida eleitoral, e externos têm pressionado o câmbio nas últimas semanas. No dia 17 deste mês, o Federal Reserve (Fed, autoridade monetária dos Estados Unidos) reduziu mais um pouco os estímulos à economia do país. A decisão valorizou a moeda norte-americana e fez com que o dólar iniciasse uma escalada.
Como tem ocorrido nas reuniões desde o fim do ano passado, o Banco Central norte-americano cortou em US$ 10 bilhões a injeção mensal de dólares para ajudar a maior economia do planeta. A ajuda mensal, que começou com US$ 85 bilhões, vem caindo gradativamente, e agora foi reduzida para US$ 15 bilhões. A previsão é que o programa acabe no próximo mês.
Desde 2009, os juros norte-americanos estão abaixo de 0,25% ao ano, de modo a estimular a recuperação da economia dos Estados Unidos, que entrou em declínio com o estouro da bolha imobiliária, em 2007, e caiu ainda mais com a quebradeira bancária no ano seguinte.
A expectativa do mercado financeiro é que o Fed aumente a taxa interna de juros a partir de 2015 e isso, somado à redução do estímulo financeiro mensal, estimula a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil, para a economia norte-americana. A perspectiva se reflete em cotação mais alta do dólar.
Fonte: Agência Brasil de Comunicação