As polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro vão reforçar o efetivo policial nas ruas e em delegacias da capital fluminense e de Niterói, na região metropolitana do Rio, a partir de amanhã (3). A decisão foi tomada nesta quinta-feira (2) em um encontro entre o governador e concorrente à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. A reunião de emergência foi convocada depois de uma série de ações criminosas que ocorreram na noite de quarta-feira (1º), a quatro dias do pleito.
Segundo Beltrame, policiais que estariam de folga nos próximos dias vão trabalhar normalmente. Com isso, a PM terá o efetivo dobrado até o dia das eleições, no domingo (5), o que inclui a divisão de elite da corporação, o Bope (Batalhão de Operações Especiais). A Polícia Civil, por sua vez, fará operações pontuais com o objetivo de prender criminosos.
Na quarta, houve tiroteio em comunidades com UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), confronto entre traficantes de drogas e militares do Exército no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, além de um ônibus queimado em Niterói.Um homem morreu em uma troca de tiros no Complexo do Alemão, também na zona norte. Cerca de dez mil estudantes ficaram sem aula na rede pública. Por conta da violência na Maré, onde há uma disputa pelo controle de bocas de fumo, a avenida Brasil chegou a ser fechada por quase uma hora.
Em agosto, o Executivo fluminense descartou a possibilidade de solicitar o envio de tropas federais para reforçar a segurança durante a eleição, pois entendeu que o Estado tinha condições de garantir o pleito. Relatório do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio), divulgado há pouco mais de um mês, mostrou que traficantes ou milicianos impediram candidatos de fazer campanha em 41 comunidades no Estado.