A perda de competitividade do Brasil chegou a produtos nacionais típicos, informa reportagem publicada hoje (25) na Folha de São Paulo.
Em 2011, as importações de óleo de dendê avançaram 414%, as compras de coco seco subiram 172% e as de álcool, 1.058%, segundo o Ministério do Desenvolvimento.
Sem falar nas cargas de feijão chinês e na evolução das importações de alumínio do país que possui a terceira maior jazida mundial de bauxita (minério de alumínio).
O câmbio, que em parte do ano passado esteve entre R$ 1,50 e R$ 1,60, o aumento do custo da mão de obra e a alta carga tributária explicam a maior concorrência em produtos que têm a cara do Brasil, segundo especialistas.
“O país está muito caro, especialmente na produção. Por isso, perde competitividade até em setores em que tem vocação natural”, afirma José Augusto de Castro, presidente em exercício da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).
A força do mercado interno também justifica as maiores importações. “Todo mundo quer vir para cá. Fatalmente, as importações sobem”, diz Mauro Moreno, vice-presidente da Abal (Associação Brasileira do Alumínio).