
Muitas pessoas aproveitaram a manhã desta quarta-feira, 29, Dia Mundial de Combate ao AVC (Acidente Vascular Cerebral) para ir a Praça Santiago Maior conferir de perto alguns serviços e orientações oferecidas pela equipe da Secretaria da Saúde de Juazeiro.
A população pôde aferir a pressão, receber orientações nutricionais, dicas sobre atividades físicas, fazer avaliação antropométrica (peso e altura), além de conferir a presença animada e educativa da equipe do Núcleo de Comunicação e Educação em Saúde (NECOM), que de forma bem descontraída passou para a população mensagens sobre os males que o cigarro causa para a saúde, através de entrevistas com a repórter palhaçada e palhaçinho.
Para a pescadora Marilene Ferreira Santos, 35 anos, a iniciativa está de parabéns. “Estava meio tonta e aproveitei a oportunidade para aferir a pressão e receber informações. Hoje tem muita gente ainda sem conhecimento da doença e é importante se prevenir”, disse.
Na opinião da merendeira Maria Soledade Gonzaga, 58 anos, moradora do bairro Tancredo Neves, a vigilância a saúde é muito importante. “Pela a minha idade fico ainda mais atenta com os devidos cuidados para mais tarde não ter problema. O momento é esse. Adorei o trabalho da prefeitura”, comentou.
O antigo operador de máquinas, aposentado por invalidez quando teve AVC em 2005, Ariston José de Lima, 38 anos, fala da importância de se prevenir. “Estou com o lado esquerdo do corpo imobilizado porque não me cuidei direito. Fiz fisioterapia desde quando sofri AVC e faço até hoje, mas bebia muito, não me exercitava, nem me alimentava direito. Estou aqui para aprender um pouquinho mais”, argumentou.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), sete pessoas que são consideradas fumantes passivas morrem por dia, por estarem em ambientes de fumantes. De acordo com a Rede Brasil AVC, a cada cinco minutos um brasileiro morre em decorrência do problema.
Seis em cada dez mortes de AVC ocorre em mulheres, segundo a OMS. Os principais fatores de risco para o AVC ocorrem mais frequentemente em mulheres: hipertensão, fibrilação arterial, diabetes, enxaqueca com aura visual, depressão, obesidade, dentre outros.
A fisioterapeuta Samila Duarte fala da importância da recuperação dos movimentos. “O tratamento deve iniciar seis meses depois de ocorrido o AVC para que reduzam as possibilidades de sequelas maiores. A recuperação do paciente depende do grau da lesão neurológica e do reconhecimento rapidamente dos sintomas, para que seja iniciado logo os exercícios”, falou.
O coordenador médico da UPA, Fábio Freire, explica o que é o AVC e fala como o paciente deve agir na presença de alguns sintomas. “O AVC é uma doença que acomete os vasos sanguíneos do cérebro e é conhecido popularmente como derrame cerebral. O problema ocorre com o rompimento ou obstrução dos vasos, gerando um déficit neurológico. Os principais sintomas são: alternância visual, dificuldade para falar, mover as pernas, boca torta e perda de força. O paciente deve agir rápido e ligar para o SAMU (192) ou ser levado a um hospital”, comentou.
Fábio Freire acrescenta que quanto mais rápido o diagnóstico e o tratamento, maiores as chances de recuperação e da pessoa não ter sequelas.
O evento contou com o apoio do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde (COSEMS-BA), que firmou parceria com a Rede Brasil AVC, organização que vem se movimentando a partir do diálogo com entidades e associações da área médica no combate aos problemas de saúde evitáveis do AVC.
Fonte: ASCOM SESAU/PMJ


