Sérgio Alves, sócio-diretor da empresa TO – Tecnologia Organizacional, afirmou em entrevista nesta sexta-feira que as obras realizadas no 3º e 9º andar do edifício Liberdade, que desabou quarta-feira (25), não tinha irregularidades. A tragédia já deixa 13 mortos, mas bombeiros ainda buscamdesaparecidos.
De acordo com Alves, as intervenções retiraram apenas paredes de tijolos, o que, segundo ele, não altera a estrutura do prédio.
“O que altera a estrutura é parede de concreto ou com alguma viga. Não havia isso”, disse ele. Alves disse que, por esse motivo, não havia necessidade de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) assinada por um engenheiro.
O laudo da obra no 3º andar foi feito após ter sido exigida pelo síndico do prédio, Paulo Renha. A do 9º, iniciada há oito dias, segundo Alves, ainda não tinha laudo por problemas pessoais do engenheiro Paulo Brasil.
Ele disse que a planta apresentada para as obras do 3º e 9º andar foi feita pela gerente da TO, Cristiane Azevedo, copiada de projeto anterior feito por uma arquiteta por ocasião de obra feita pela empresa em outro andar.
“Eu trabalhava ali todos os dias, tinha amigos, pessoas que eu formei ali, que frequentavam a minha casa. Não faria algo para ocorrer isso”, disse Alves.
De acordo com a Defesa Civil, as 13 vítimas já resgatadas são 7 homens e 6 mulheres. Os últimos corpos encontrados estavam em um local onde seria uma das saídas do edifício Liberdade, de 18 andares, o primeiro que desabou.
Os bombeiros dizem acreditar que no local podem ser achados outros corpos de pessoas que tentavam sair do prédio antes do desabamento, por isso o trabalho das equipes está concentrado na área, inclusive com cães farejadores.
Até a tarde de hoje, quatro vítimas já tinham sido identificadas. São elas: o zelador Cornélio Ribeiro Lopes, 73; sua mulher, Margarida Vieira de Carvalho, 73; o catador de papelão Moisés Moraes da Silva (idade não revelada); e Celso Braga Cabral Filho, 44, que já foi enterrado.