Reportagem do Estado de S. Paulo revelou que o ministério do Esporte pagou R$ 4,65 milhões em 2011, sem licitação, para a Fundação Instituto de Administração (FIA) prestar um serviço de consultoria à Empresa Brasileira de Legado Esportivo Brasil 2016, criada em agosto de 2010 para tocar projetos da Olimpíada do Rio de Janeiro. O problema é que a estatal já foi liquidada antes mesmo de entrar em funcionamento. Há cinco meses, ela passou a fazer parte do Plano Nacional de Desestatização (PND), para ser extinta.
Segundo dados do Portal da Transparência, a FIA teria como responsabilidade realizar estudos para “apoiar a modelagem de gestão da fase inicial de atividades da estatal”. Depois do anúncio de que a Brasil 2016 seria extinta, a empresa de consultoria recebeu R$ 1 milhão do ministério, dividido em cinco parcelas. Antes de o Conselho Nacional de Desestatização recomendar a inclusão da estatal no PND, o Esporte já havia repassado aproximadamente R$ 3,5 milhões.