Na manhã dessa quarta-feira (01), o prefeito Julio Lossio recebeu no Gabinete Municipal várias esposas de policiais militares lotados no município de Petrolina que realizavam um protesto na Avenida Guararapes, Centro, contra a transferência de seus cônjuges para a capital Recife. Revoltadas pela decisão da Secretaria de Defesa Social do Estado de Pernambuco, as mulheres pediram ao prefeito apoio para uma possível reversão da decisão por parte do Governo do Estado sobre a escolha da remoção dos policias.
As esposas que residem há anos em Petrolina, explicaram ao prefeito os prejuízos que a decisão poderá trazer, entre elas a remoção dos policiais militares que acarretará num desmembramento familiar e financeiramente.
De acordo com uma das esposas que reclamava da situação da transferência, Maria Alves Feitosa, mãe de dois filhos, a insatisfação da decisão era grande principalmente por que não houve pronunciamento por parte do Governo do Estado. “Queremos que o governador esclareça as motivações e critérios dessa remoção. Eu tenho filhos que moram aqui conosco inclusive um está na faculdade. Moro há 20 anos com meu esposo e não é justo que a partir de agora tenhamos que recomeçar do zero”, explicou.
Segundo o prefeito Julio Lossio a forma como foi tomada a decisão para a transferência dos profissionais causa estranheza. “Não sabemos como foi feita a movimentação de transferência, bem como, o não esclarecimento por parte do Governo do Estado dos critérios utilizados. Infelizmente Pernambuco ainda é o terceiro estado mais violento do Brasil e não acreditamos que sejam com ações intempestivas que vamos resolver esse problema. Sabemos que todo servidor público pode ser transferido, mas é necessário que haja um critério justo e democrático”, salienta o prefeito que relata ainda que Petrolina possui um contingente de policiais menor do que precisa, principalmente devido ao seu grande crescimento populacional. O gestor municipal também se comprometeu em enviar uma carta oficial ao Secretário de Defesa Social de Pernambuco, para obter esclarecimentos sobre a situação.
Segundo Maria Alves Feitosa, os 20 policiais militares que poderão ser transferidos já tiveram suas portarias divulgadas no Diário Oficial, porém eles entraram na justiça e devido a uma ação judicial favorável, ainda não foram deslocados.