O Ministério Público da Venezuela ordenou nesta sexta-feira (20) a prisão provisória do prefeito de Caracas e líder oposicionista, Antonio Ledezma. Ele foi detido na quinta (19) por agentes do Serviço de Inteligência, acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
De acordo com a nota, ‘o MP conseguiu a privação de liberdade para o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma Díaz, que foi preso (…) por sua suposta ligação com planos conspiratórios’.
Ledezma estava sob prisão preventiva. Com a decretação da prisão provisória, será levado para o presídio de Ramo Verde, na periferia de Caracas, por tempo indeterminado. Na mesma prisão está há um ano Leopoldo López, outro líder da oposição, preso sob a acusação de incitar a violência.
Ledezma, de 59 anos, é um dos veteranos da oposição venezuelana, já tendo atuado como senador, deputado e governador do antigo Distrito Capital (Caracas). Ele foi eleito em 2009 e reeleito em 2013 como prefeito de Caracas, região que reúne cinco municípios metropolitanos. Suas funções foram severamente restringidas pelo governo central da Venezuela.
O presidente Nicolás Maduro acusou Ledezma – ao qual se refere como “El Vampiro” – de ser um dos promotores das manifestações contra o governo que varreram o país entre fevereiro e maio de 2014. As passeatas terminaram com 43 mortos.
Maduro também denunciou o prefeito pelo envolvimento na estratégia conhecida como ‘la salida’, que teria como objetivo derrubar o presidente. O centro da estratégia seria a promoção de multitudinários protestos na ruas.