Por Emaísa Lima

É por meio de uma simpatia, diga-se de passagem, nordestina, em especial, pernambucana, que o petrolinense e o universitário Elvis Marlon Mello Vital David, de 26 anos, atrai a atenção dos passageiros da Linha 1 do metrô, no Rio de Janeiro (RJ).
O músico que é apaixonado por samba e pela cultura brasileira, nos revela quem é um de seus maiores incentivadores, seu pai, o senhor Joaquim David. “Bom, um fato que gosto sempre de contar para as pessoas é que minha poesia e musicalidade é uma herança de meu pai. Ele é um grande poeta.”
Elvis, que já comercializou mais de 2 mil discos no metrô, é natural de Petrolina e faz questão de deixar um recado aos seus conterrâneos. “É minha terra e sempre me considerei um petrolinense no Rio de Janeiro, 51% criado na baixada fluminense, mas um pernambucano! Meu desejo é um dia fazer um show na minha cidade, cantar pro meu povo! E sei que esse dia vai chegar e vai ser bonito demais! Devido a essa influência de viver muitos anos no Rio criei uma paixão pelo samba que se reflete inclusive nesse disco SambAndarilho que é um disco de sambas autorais, mas a música nordestina tá no sangue e já compus alguma coisa de baião, xote. Só que um dia vou gravar um disco autoral só de música nordestina, participar do São João da cidade e botar o povo para dançar.”
Há quase três anos ele faz pequenas apresentações nos vagões. É o tempo de passar por três ou quatro estações. Irreverente, dono de uma voz suave e de um largo sorriso, Elvis logo seduz a plateia e canta uma das músicas de seu CD “SambAndarilho”, disco que gravou com o que arrecada nos minishows subterrâneos.




