Melhor das eliminatórias, a jovem Rebeca Andrade, de apenas 15 anos, ficou com a responsabilidade de ser a primeira a competir nas finais das paralelas assimétricas na etapa de Ljubljana, na Eslovênia, da Copa do Mundo de ginástica artística, neste domingo. O aparelho não é sua especialidade – é no salto que a novata tem sua melhor performance. Mesmo assim, a brasileira não se intimidou, obteve 12.800 pontos e ficou com o bronze . Na comemoração, se emocionou. O ouro foi para Isabela Onyshko, do Canadá, com 13.850 , e a prata, para Jonna Adlerteg, da Suécia, com 13.475. Curiosamente, nas eliminatórias, Rebeca Andrade fez 14.300, nota maior até que a da vencedora da final.
Estreante em disputas na categoria adulto, Rebeca, uma das principais promessas da modalidade no país, iniciou bem na barra alta e fez transições com boa execução, apenas flexionando o braço um pouco além. Em seguida, cometeu dois erros na transição de uma barra para a outra. Mas, em vez de deixar a prova de lado, seguiu em frente em sua performance e foi aplaudida, com a nota de 12.800. A brasileira ainda contou com as falhas de suas rivais e garantiu o terceiro lugar do pódio.
– Eu tive uma falha, mas continuei executando a série e conquistei a minha primeira medalha. Quero agradecer a torcida de todos – declarou Rebeca, por meio de assessoria de imprensa.
Em postagem em sua conta pessoal no Instagram, ela dedicou a vitória à sua mãe, que faz aniversário neste sábado.
– Quero que a minha alegria transmita a você, meu mais puro e sincero amor, e toda a gratidão que tenho pelas coisas que fez durante esses anos. Espero estar sempre ao seu lado e poder retribuir cada palavra e gesto de carinho que dedicou a mim. Você é a melhor mãe do mundo. Te amo e feliz aniversário. Essa medalha é nossa. Com deus eu vou brilhar sempre mãe te amo muito obrigada por tudo – postou a menina.
A etapa de Ljubljana é a primeira apresentação de Rebeca no cenário internacional. Ela havia se classificado para disputar as Olimpíadas da Juventude no ano passado, em Nanquim, mas uma lesão no pé a obrigou a ceder seu posto para Flávia Saraiva, que foi um ouro e ganhou duas pratas na China. Por causa de uma cirurgia no ano passado, Rebeca passou três meses no estaleiro e ainda não está pronta para se apresentar em seus aparelhos mais fortes: o solo e o salto. Por isso, só disputa as barras assimétricas na Eslovênia.
G1