Por causa do baixo nível da barragem de Sobradinho, no norte da Bahia, os produtores rurais do projeto de irrigação Itapera em Sento-Sé, estão amargando enormes prejuízos.
A captação que bombeia a água do rio São Francisco para as áreas irrigadas secou, deixando 270 hectares de plantação sem água, durante três meses, inviabilizando a produção agrícola e sacrificando a cadeia produtiva. Lavouras como: milho, feijão, mandioca, mamona, maracujá, manga, banana e pinha, tiveram perdas de 95% na colheita.
As matrizes vegetais mais resistentes ficaram retorcidas, e só não morreram completamente, por que os produtores buscaram apoio na prefeitura de Sento-Sé, que abriu um canal de 5 km de distância, e levou água do leito do São Francisco para a estação de captação e bombeamento, que voltou a irrigar precariamente as áreas produtivas.
Uma captação provisória terá que ser construída urgentemente no barranco do rio, para manter a irrigação e salvar a plantação dessa seca medonha. Sem uma solução para o problema, os produtores decidiram ajuizar uma ação indenizatória conta a CHESF (Companhia Hidrelétrica dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), para ressarci os prejuízos. A crise hídrica na bacia do São Francisco está preocupando o setor produtivo, que depende exclusivamente da água para produzir alimentos e gerar empregos no campo. O presidente da Cooperativa dos Produtores de Itapera (COAMPI), Ermi Moreira dos Santos, explicou que é a primeira vez que o lago atinge um nível tão baixo nesse período do ano, e que isso é uma calamidade anunciada, se não forem adotadas providencias sustentáveis, para salvar o povo ribeirinho, alertou. O cooperativista lembrou que a COAMPI está firmando uma parceria financeira da ordem de R$ 3 milhões de reais, para produzir frutas cítricas orgânicas, para fins terapêuticos, em uma área de 400 hectares, com a garantia de 800 empregos diretos, mas a incerteza da água pode atrapalhar os investimentos, concluiu.
Fonte: ASCOM PMS











