Uma ação de peixamento realizada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Caetité introduziu 120 mil alevinos de tilápia em sete barragens públicas de cinco comunidades rurais do município, na região do Médio São Francisco baiano – área de atuação da 2ª Superintendência Regional da Codevasf, sediada em Bom Jesus da Lapa.
“Essa ação tem uma importância muito grande para o nosso município, porque os peixes vão representar uma fonte de alimento fundamental. E não é fácil conseguir esses alevinos; por isso, nós fizemos essa parceria. Sem dúvida nenhuma, foi uma grande conquista para as comunidades. Representa também um complemento na renda das pessoas que vivem nessas comunidades”, afirma Amauri Oliveira, Gerente de Desenvolvimento Agropecuário da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Caetité.
O repovoamento aconteceu em barragens das localidades de Cabeça da Onça, Lagoa dos Bois, Lagoa Azul, Galho Torto e Serragem. “Serão beneficiadas diretamente cerca de 300 famílias, que residem nas cinco comunidades beneficiadas. Mas o repovoamento deverá atender a muito mais famílias que vivem por perto. E esperamos contar com a parceria da Codevasf para fazer mais peixamentos em mais comunidades”, complementa Oliveira.
Os alevinos foram produzidos e cedidos pela Bahia Pesca – empresa pública vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) –, graças a uma parceria firmada entre as duas empresas que permite que a Codevasf realize peixamentos em vários municípios da Bahia, entre eles Caetité, Igaporã, Bom Jesus da Lapa, Ibotirama, Jaborandi, Malhada, Santa Maria da Vitória, Sítio do Mato e Tanque Novo, com os alevinos produzidos pela Bahia Pesca.
Em contrapartida, a Bahia Pesca está recebendo da Codevasf a ração que é utilizada nas unidades produtivas da empresa, operadas por associações de pescadores das cidades de Barra, Caculé e Paramirim.
“O peixamento de lagoas, açudes e barragens tem grande importância como processo evolutivo e organizacional e serve de estímulo para novas alternativas, mais produtivas, como a aquicultura semi-intensiva, combinada com a pesca, em pequenos e médios mananciais. Tem como objetivo o povoamento, o repovoamento e a estocagem de coleções d’água, fornecendo um alimento saudável para populações de baixa renda, atenuando os efeitos da grande estiagem”, diz a técnica da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf em Bom Jesus da Lapa Isabel Denis.
Estruturação
Outra ação realizada pela Codevasf que visa a fortalecer a piscicultura familiar e artesanal na região do Médio São Francisco é a estruturação de associações comunitárias. A Associação dos Pescadores de Ilha de Zezé, do município de Malhada, por exemplo, recebeu, nos últimos dois anos, 28 tanques-rede, um barco de alumínio, um motor de barco e um defumador. Os tanques foram instalados na Lagoa da Sampa.
Já a Associação dos Produtores Rurais de Terra do Arroz e Adjacências, do município de Riacho de Santana, Sudoeste do estado, teve nove tanques-rede recentemente implantados pela Codevasf, beneficiando 20 famílias.
Lucimar Almeida da Silva, presidente da associação, ressaltou a importância dos equipamentos para os agricultores familiares que iniciarão uma nova atividade. “Os tanques-rede vêm em um momento importante para a região do Arroz, que é muito carente de opções para geração de renda, e a piscicultura é uma importante opção de complemento de nossa renda”, disse.
A atividade começa a ser realizada nas lagoas do Arroz, do Tanque Novo e de Furadinho, onde os tanques-rede foram instalados. A princípio, 20 associados estarão envolvidos na atividade. “A depender do resultado, a ideia é ampliar o número de beneficiários desse projeto de piscicultura e passar a fazer, inclusive, o beneficiamento dos peixes”, complementa o presidente da associação, que tem 70 filiados.
Assessoria de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf