O empresário Ricardo Pessôa, dono da UTC e Constran, citou o nome de pelo menos seis parlamentares envolvidos nas fraudes investigadas pela Operação Lava Jato. Entre eles está o ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), de acordo com O Globo. A referência aos políticos foi feita em acordo de delação premiada, que deve ser assinado ainda nesta quarta-feira (13) com o grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República, encarregado dos inquéritos sobre parlamentares aberto no Superior Tribunal Federal (STF). No acordo, o empresário prometeu ainda devolver R$ 55 milhões. Pessôa estava em São Paulo, onde cumpre prisão domiciliar, e deve chegar a Brasília ainda nesta quarta para assinar o acordo na sede da PGR. O acordo vinha sendo negociado desde janeiro com a força-tarefa no Paraná. Depois, o grupo de procuradores responsáveis pela investigação de parlamentares assumiu o comando das negociações. Pessôa ficou preso em Curitiba por causa das acusações de irregularidades na Petrobras. No início de maio, foi solto em decisão da Segunda Turma do STF. O empresário é acusado de ser o coordenador do cartel conhecido como “Clube das Empreiteiras”. Em sua defesa prévia, entregue à Justiça Federal, Pessôa arrolou entre as testemunhas o ministro da Defesa e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner; o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato derrotado à Presidência da Câmara; e o ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernando, além de outros quatro deputados federais: Paulinho da Força (SD-SP), Arnaldo Jardim (PPS-SP), Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SPO) e Jutahy Magalhães (PSDB-BA).
Fonte: Bahia Notícias