O juiz da Suprema Corte Administrativa do Egito, Magdy el-Agaty, decidiu, na última terça-feira (21) que o sistema de votação que elegeu o novo parlamento do país é inconstitucional. Ele disse que o sistema violou a constituição ao dividir os assentos entre partidos políticos e indivíduos. Partes da lei eleitoral foram encaminha para a Suprema Corte para um julgamento final. As eleições aconteceram em três fases do final de novembro do ano passado a janeiro deste ano. Especula-se que a decisão possa paralisar o funcionamento do parlamento, que deve nomear um conselho de 100 membros para definir uma nova constituição e abrir caminho para as eleições presidenciais.
O novo parlamento é dominado por partidos islâmicos e por um número razoável de liberais e foi projetado para que um terço dos assentos fosse destinado a indivíduos e os dois terços a partidos políticos. Para o juiz, metade dos assentos deveria ter sido destinada aos indivíduos e que os partidos não poderiam ter sido autorizados a lançar candidatos para os assentos reservados aos indivíduos. A eleição dos parlamentares foi a primeira votação livre do país em décadas. Desde a queda do ditador Hosni Mubarak, o Egito é governado por militares.