
Por Emaísa Lima
Nascido na cidade de Salgueiro, município distante 468,59 km do Recife, o filho de José Targino Alves Gondim e Maria Monteiro Gondim, além do restante de sua família vieram, fugindo da seca do sertão, buscar por melhores condições de vida, no município baiano de Juazeiro, tudo isto, quando ele tinha 2 anos de idade. Atualmente, o menino cresceu e virou um homem, músico, cantor de sucesso, levando o nome do local em que mora aos quatro cantos do Brasil e do mundo. E depois de um longo período de trabalho fora da cidade baiana, o curador do Festival Internacional da Sanfona – recentemente lançado – o cantor, o compositor e o sanfoneiro Targino Gondim falou com exclusividade para o Diário da Região sobre carreira, vida e planos futuros.
[Jornal Diário Região: JDR]: Targino o que é Juazeiro para você? Sente-se abraçado pela cidade?
[Targino Gondim: TG]: Sim! Desde o início, desde quando eu comecei a tocar as coisas foram acontecendo. Tudo por conta da região, dela ter abraçado-me, das pessoas terem abraçado meu trabalho e por mais que eu achasse que eu não merecesse tanto, mas as coisas iam acontecendo, eu ia cantando músicas e as pessoas iam se acostumando a me ouvir tocando, a ir nas minhas festas e nos projetos em que eu fazia. Fora isto as músicas começaram a tocar nos programas de rádio, espontaneamente, sabe, não tinha nada de pressão, sem política de troca. Então eu acho que foi natural esta paixão e empatia com o público, foi crescendo gradativamente, mas desde o início sempre fui bem aceito e bem resolvido aqui com a terra!
[JDR]: Como é para você, enquanto profissional, ser considerado como um dos baluartes da cidade e terminar levando Juazeiro para o Brasil e para o mundo?
[TG]: É, eu nasci em Salgueiro (PE) e cheguei aqui com 2 anos de idade, meu pai veio para cá na época da construção da barragem de Sobradinho, da Vila de Sobradinho, ele veio trabalhar com o caminhão dele, numa cerâmica, que ele levava material para lá. [sic] E de lá para cá foi o que fez com que eu tivesse essa empatia pela cidade. Pois foi aqui que eu fui criança, adolescente, me tornei cidadão aqui e também sanfoneiro, que com esta coisa acabei tendo mais visibilidade do que outros artistas daqui, mas caminhando como outros artistas que nós temos daqui como Ivete, João Gilberto. [sic] Eu sou um dos artistas que não nasci, mas moro aqui e as pessoas já me ligam a Juazeiro, até quando eu não falo.
[JDR]: É possível fazer um balanço de sua carreira e que você nos conte o que o cantor vai trazer, não apenas para o Vale, mas para o Brasil?
[TG]: Esse ano são 20 anos de carreira que eu estou comemorando e faço esta contagem a partir do primeiro ano que eu gravei um disco, que eu entrei em estúdio para lançar cd, um trabalho autoral. [sic] São 20 anos e eu lancei para este ano um cd gravado ao vivo e em estúdio lá em Salvador, com um show passando pelas músicas minhas, que mais me acompanharam, que mais aconteceram, que as pessoas mais cantam, algumas músicas de Gil (Gilberto Gil) de quando eu fazia shows com ele, dos reggaes que eu cantava com ele, homenagem a Dominguinhos, a Luiz Gonzaga, Fagner, que são músicas que são obras que ficaram juntos comigo durante todos estes 20 anos.
Targino Godim vai estar neste domingo no Programa Esquenta, de Regina Casé que é sua madrinha musical.




