O corpo de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Boldrini, assassinado em abril do ano passado, foi exumado na manhã desta terça-feira (11) em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul.
Em maio, a Justiça determinou, a pedido da família de Odilaine, a reabertura da investigação sobre a morte dela, dada inicialmente como um suicídio. A família acredita que ela possa ter sido morta pelo ex-marido.
de Bernardo (Foto: Reprodução/TV Globo)
A mãe de Bernardo foi encontrada morta em 2010, dentro da clínica do marido, o médico Leandro Boldrini, na cidade de Três Passos, no Noroeste do estado. À época, a polícia concluiu que ela cometeu suicídio com um revólver. Mas a defesa da mãe dela, Jussara Uglione, contesta essa versão e acredita que ela foi assassinada.
A Guarda Municipal isolou parte do Cemitério Municipal de Santa Maria, por volta das 7h30. O delegado Marcelo Lech, responsável pela nova investigação, coordenou o trabalho da perícia. O delegado não disse quando o laudo deve ficar pronto e informou apenas que o pedido de exumação foi feito pela Polícia Civil.
Desde a morte de Bernardo, a família de Odilaine tenta provar que ela também foi morta por Leandro Boldrini. O pai do Bernardo está preso há um ano e quatro meses pelo assassinato do menino. Também são acusados a madrasta do garoto, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz. Eles respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, entre outros crimes.
A investigação sobre a morte de Odilaine foi reaberta por determinação da Justiça depois que uma perícia particular, contratada pela família, indicou que a carta suicida não teria sido escrita por ela. O bilhete foi encontrado dentro da bolsa de Odilaine, no dia da morte, em 10 de fevereiro de 2010.
O advogado da família de Odilaine, Marlon Taborsa, acompanhou a exumação: “Pelo que pude observar, aquilo que nós suscitamos já, desde quando pedimos a reabertura, e agora acompanhando a investigação, se constata que realmente existem lesões ósseas compatíveis com a dúvida que nós suscitamos para ser investigada”, declarou.
De acordo com a perícia contratada pela família, a suposta carta de despedida de Odilaine teria sido escrita pela secretária de Boldrini. Além disso, os peritos também colocaram uma terceira pessoa dentro da sala da clínica médica, onde, em tese, estariam apenas Leandro Boldrini e Odilaine Uglione.
Fonte: Portal G1