Participaram do encontro, que teve início por volta das 17h e durou cerca de duas horas e meia, os ministros Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Antônio Carlos Rodrigues (Transportes), Carlos Gabas (Previdência), Gilberto Kassab (Cidades), Ricardo Berzoini (Comunicações), José Eduardo Cardozo (Justiça), George Hilton (Esporte), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Kátia Abreu (Agricultura) e Gilberto Occhi (Integração Social), além do chefe de gabinete da petista, Giles Azevedo.
Mercadante já havia acompanhado a reunião mais cedo com os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).
Nenhum dos compromissos contava da agenda oficial da presidente. Ao deixarem o Alvorada, os ministros não deram declarações, mas, segundo informações do ministro Edinho Silva (Comunicação Social), que não estava na reunião, Dilma deu diretrizes para os cortes de gastos que cada ministério terá de fazer no esforço para tentar equilibrar as contas públicas.
O objetivo é reverter o déficit de R$ 30,5 bilhõesprevisto no Orçamento do ano que vem. As medidas deverão ser anunciadas na semana que vem.
De acordo com o Blog da Cristiana Lôbo, o governo deverá promover cortes nas empresas e cargos, além de renegociação de contratos com prestadores de serviços. Só depois de concluída essa etapa de cortes é que o governo vai apresentar propostas para aumento de receita.
As conversas se intensificaram depois que a agência Standard and Poor’s rebaixou a nota de crédito do Brasil e de dezenas de empresas e bancos brasileiros.
Pressionado, o governo também planeja reduzir o número de ministérios. Segundo o Blog do Camarotti, apesar da determinação de cortar dez pastas, o governo tem encontrado dificuldade para atingir esse número. O Palácio do Planalto quer fazer esse anúncio até o final da próxima semana.