Um terremoto de magnitude 8,3 atingiu a região central do Chile na noite de quarta-feira, deixando pelo menos oito mortos.
O epicentro do tremor, que ocorreu às 19h54 locais (20h45 em Brasília), foi a 232 km da capital, Santiago, e a 55 km a oeste da cidade de Illapel.
Um milhão de pessoas tiveram que deixar áreas da costa após um alerta de tsunami – as ondas chegaram a 4,5 metros.
Também houve alerta de tsunami no Peru, Havaí, partes dos Estados Unidos (Califórnia) e até na Nova Zelândia, do outro lado do Oceano Pacífico.
Os reflexos do tremor, cuja magnitude de 8,3 foi medida pelo órgão americano US Geological Survey, chegaram a ser sentidos em São Paulo e em Buenos Aires.
Mas como se mede a intensidade de um terremoto?
Existem escalas criadas por geólogos para descrever o que se conhece como a “magnitude” deste tipo de evento.
A mais usada delas é a MW, que se baseia na energia liberada por um terremoto. Trata-se de uma escala aberta (não de zero a dez), que começa em 2,5. Esta é a magnitude da maioria dos tremores que ocorrem a cada ano – insignificante para ser percebida por pessoas, mas que é captada por instrumentos que medem as vibrações causadas pelos terremotos (sismógrafos).
Momento do tremor
Para fazer este cálculo, cientistas levam em consideração variáveis como o movimento de uma falha geológica e a força requerida para movê-la.
A escala é logarítmica. Isso significa que para cada número inteiro “aumentado”, a diferença de força de um terremoto cresce consideravelmente: um tremor 6, por exemplo, libera 32 vezes mais energia que um 5. Um tremor de magnitude 7, em que começa a destruição mais severa por terremotos, é mil vezes mais “forte” que um 5.
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Um terremoto de magnitude 8, mais fraco do que este do Chile, por exemplo, libera força equivalente a seis milhões de toneladas de dinamite.
O tremor que causou o catastrófico tsunami de 2004 na Ásia foi o terceiro mais forte desde 1900 – mediu 9,3.
Segundo o Serviço Geológico Americano, há pelo menos 20 grandes terremotos no mundo a cada ano.
Mas a devastação causada por terremotos não depende somente de sua magnitude, mas sim do planejamento das autoridades e mesmo das condições socioeconômicas das regiões afetadas.
Em fevereiro de 2010, por exemplo, o Chile foi atingido por um terremoto de 8,8. Menos de mil pessoas morreram, pois o país tem um sistema de resposta para emergências desenvolvido por causa de uma longa história de tremores, o que inclui o maior já registrado (9,5, em 1960).
No entanto, também em 2010, mais de 200 mil pessoas morreram no Haiti quando um tremor de magnitude 7,0 atingiu a capital, Porto Príncipe.
Já o Nepal, em apenas três semanas neste ano, foi atingido por dois tremores. O primeiro, de 7,8 de magnitude, matou mais de 8 mil pessoas no final de abril.
No início de maio, o país foi atingido por um tremor de magnitude 7,3 que deixou dezenas de mortos e centenas de feridos.
Fonte: MSN Notícias