SEDIS
Com o tema O Poder do Abraço, 21 mulheres assistidas pelo Centro Integrado de Assistência à Mulher (CIAM), em Juazeiro, participaram na manhã desta quinta-feira (24), de uma roda de conversa com o Grupo de Apoio à Mulher (GAM), na sede do Centro.
O GAM oferece atendimento psicossocial e esclarecimentos jurídicos às mulheres. Entretanto seu objetivo não é só trabalhar assuntos relacionados à temática de atender mulheres vítimas de violência, mas também outros assuntos pertinentes, onde as mulheres vitimadas tenham acesso às informações.
Bentiliana Rodrigues da Costa é Assistentes Social do CIAM e coordenou a roda de conversa. Ela explicou que a ideia do tema surgiu da necessidade de passar às mulheres como elas podem se sentir queridas, protegidas, aconchegadas. “Há uma frase de Martha Medeiros no livro Feliz Por Nada que diz assim: ‘Onde, afinal, é o melhor lugar do mundo? Meu palpite, dentro de um abraço’. E é verdade. Às vezes dentro de casa mesmo essas mulheres não encontram ninguém que possa lhes dar esse abraço de proteção. Abraço é para nos fazer sentir seguras, onde nada mais ao redor importa”, afirma.
I.O.L. é uma das mulheres vitimadas que participou da roda de conversa e saiu agradecida, demonstrando a satisfação de ter participado daquele momento. “Talvez pelo tema escolhido hoje, elas acabaram saindo felizes, mais emocionadas. É gratificante fazer parte disso, porque a gente enxerga a participação delas e a reação. Muitas vezes elas só precisam de alguém que as escute e aqui elas podem fazer isso. Hoje foi um momento, particularmente, gratificante”, conclui Bentiliana.
Outros projetos do CIAM
Os serviços do CIAM são diversos e a prioridade é sempre a mulher vítima de violência. Não só a doméstica, mas qualquer tipo de violência. “E se não for nossa demanda, ela será encaminhada para a instituição que necessita. Mas se a mulher passa por uma agressão física em casa, ou no local de trabalho, por exemplo, ela pode vir diretamente aqui, assim como pode vir encaminhada pela delegacia ou outra instituição. A grande maioria não nos procura para prestar queixa, mas para serem acolhidas, para conhecer seus direitos, ter atendimento psicológico. Quando elas querem prestar queixa, a gente acompanha e encaminha ao local certo”, explica a coordenadora Erislene Costa.
O CIAM oferece serviços às mulheres como aulas de Zumba e Ioga. São projetos que foram elaborados para aumentar a autoestima delas. “Elas já são mulheres com muitas problemáticas e que precisam se sentir amadas, cuidadas. Uma mulher agredida fica com a autoestima baixa, com muito sofrimento. Essa é a maneira que encontramos para ajudá-las, para fazê-las olhar para si mesmas e se sentirem queridas, se gostarem. Trabalhamos sua autoestima”, ressalta a coordenadora.
As turmas de Zumba já estão completas, mas a mulher que quiser fazer Ioga basta ir ao CIAM, que funciona na Avenida Luiz Inácio Lula da Silva, s/n – bairro Novo Encontro, às quartas-feiras, de 8h30 às 9h30, e se inscrever.