O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (7) o quinto corte consecutivo na taxa básica de juros, a Selic, que caiu para 9,75% ao ano. A redução foi de 0,75 ponto percentual.
A decisão de cortar 0,75 pontos teve o voto de cinco membros do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central, que define a trajetória dos juros no Brasil), enquanto outros 2 votaram por um corte de 0,5. A reunião de hoje durou cerca de quatro horas.
“Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 9,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e dois votos pela redução da taxa Selic em 0,5 p.p.”, diz o comunicado divulgado pelo Banco Central após a reunião.
A redução confirma a política de redução de juros iniciada pelo governo em agosto passado, quando a crise internacional motivou um corte de 0,5 ponto percentual.
Um novo corte dos juros nesta quarta-feira já era esperado pelo mercado financeiro e a redução de 0,75 não chegou a ser surpresa, embora a maioria dos analistas apostavam em uma redução de 0,5 ponto percentual. A ata da última reunião do comitê, de janeiro, deixou explícito que a taxa tinha “elevada probabilidade” de cair a um dígito– o que foi endossado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, na reunião do G-20 na semana passada.
A crise econômica mundial tem preocupado o governo e fez com que o governo adotasse discurso velado de que os juros devem cair mais intensamente. Os juros menores seriam uma maneira de auxiliar setores produtivos, fortemente afetados pela entrada de importados, valorização do real e o “tsunami” de dinheiro que o BC europeu liberou aos bancos do continente.
Uma taxa de juros menor no Brasil ajuda a frear a vinda de parte desses recursos para o país e reduzir a especulação financeira.