A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados se reuniu na tarde desta quarta-feira (17) a portas fechadas para eleger um novo líder para comandar o maior partido dentro da Casa. O encontro teve início por volta das 15h35.
No páreo, estão o atual líder, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), aliado do Palácio do Planalto, e Hugo Motta (PMDB-PB), que conta com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A votação começou em clima tenso com um protesto organizado pelo Solidariedade, partido presidido pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SP), aliado de Cunha. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, que conseguiu a vaga por indicação de Picciani, foi recebido por uma manifestação por ter se afastado do cargo temporariamente para participar da eleição à liderança da bancada do PMDB.
Com isso, a bancada ficou com 71 parlamentares. A votação será secreta e ganha quem obtiver a maioria simples dos votos. A entrada da imprensa será liberada apenas no momento da apuração.
A eleição para líder do PMDB ganhou importância a ponto de envolver o governo porque vai influenciar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Embora tenha uma aliança com o PT e ocupe a Vice-presidência da República, além de outros seis ministérios, uma parcela do PMDB defende o rompimento com o governo.
A eleição servirá ainda para medir a influência do presidente da Câmara sobre a bancada peemedebista. No ano passado, Cunha capitaneou diversas derrotas ao Planalto, inclusive com a deflagração do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas perdeu forças diante do agravamento das denúncias contra ele.
Além disso, o líder do PMDB, por conduzir o maior partido dentro da Câmara, tem poder sobre a tramitação de projetos considerados importantes pelo governo dentro da Casa.
Fonte G1




