Nesta quinta-feira (25), João Santana, o publicitário responsável por várias campanhas do PT, assinou uma autorização, redigida em inglês, para a quebra de sigilo dos dados da conta mantida pela offshore Shellbill no banco Heritage, na Suíça. Assim, os investigadores da Operação Lava Jato terão total acesso à conta onde foram depositados pelo menos US$ 7,5 milhões por offshores contraladas pela Odebrecht e pelo lobista Zwi Skornicki.
De acordo com informações da “Folha de S. Paulo”, a Odebrecht transferiu US$ 3 milhões e o lobista Zwi Skornicki teria depositado outros US$ 4,5 milhões. Os dois responsáveis pelos depósitos são investigados pelo pagamento de propina ao PT por contratos com a Petrobras. João Santana e a mulher, Mônica Moura, afirmam que as transferências se referem a pagamentos por campanhas eleitorais no exterior. O advogado de defesa deles nega que os pagamentos tenham ligação com a campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014.
“Ele e a Mônica [Moura, mulher do publicitário] não guardavam extratos da conta, mas autorizaram que os investigadores tenham acesso a ela. Não é razoável que um investigado consiga um extrato na Suíça quando está preso”, revelou o advogado Fabio Tofic em reportagem da “Folha. Tofic disse ainda que o banco suíço em que o casal tem conta não permite o acesso a extrato via internet.
Ainda segundo a “Folha”, a sugestão de que Santana abra todos os dados da conta foi feita pelo juiz federal Sergio Moro, em despacho desta quinta (25). “Observo, inicialmente, que, para melhor análise deste juízo, seria ideal que fossem disponibilizados pelos investigados e sua defesa os extratos completos da conta em nome da offshore Shellbil S/A, no Banque Heritage, na Suíça, já que somente se dispõe das transações efetuadas pelo banco correspondente nos Estados Unidos”, escreveu Moro.
Fonte: MSN Notícias


