Com o alto volume de chuva que animou os sertanejos nos últimos meses de 2015, as barragens no Sertão pernambucano encheram. Porém, como as precipitações não continuaram nos primeiros meses deste ano em Petrolina, muitos agricultores já sentem que vão ter prejuízo no plantio.
O agricultor Mauro Barbosa plantou milho desde janeiro. Ele conta que parte da produção secou antes mesmo da colheita, pois, como não choveu mais, o milho não teve como desenvolver. “A gente planta porque gosta, sabe? Mas para tirar alguma coisa, ninguém tira mais nada não. Essa safra vai servir pra quê? Só para os animais”, lamentou.
Na roça do agricultor José Rodrigues a situação se repete. O milho plantado também está se perdendo por falta de chuva. Ele espera que chova ainda este mês para poder colher o que irá sobrar das plantações de melancia e feijão, cultivados desde dezembro do ano passado. “Estou na esperança de que possa cair uma chuva e a gente ainda pode pegar alguma coisa. Mas se não chover, não pega não, só uma besteirinha e fica só com o trabalho mesmo”, disse José.
Cenário da chuva
O Açude Beiju, no Povoado de Uruás, na Zona Rural, voltou a encher após 15 anos. A barragem do Capim também sangrou e foi motivo de festa para os moradores no início deste ano.
O cenário ainda é de água acumulada pela estrada na Zona Rural de Petrolina e a Caatinga ainda está verde com o reflexo das últimas precipitações. Em janeiro, choveu no município 300% acima do esperado para o mês.
Do G1 PE