Grupos de taxistas travaram o trânsito em vários pontos do Rio de Janeiro para protestar contra o Uber. Os protestos — carreatas lentas e interdição de vias — aconteceram desde as últimas horas da madrugada em vias importantes do Centro, Zona Sul, Zona Norte e Zona Oeste. Um dos locais mais críticos foi Zona Portuária, devido a retenções na Avenida Francisco Bicalho, que causou reflexos nas linhas Vermelha, Amarela, Avenida Brasil e Centro. Às 9h30, a situação era ainda mais complicada na região (veja vídeo acima). A prefeitura declarou Estágio de Atenção às 9h42.
Somente por volta das 10h46, os taxistas começaram a liberar a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, o que começou a aliviar o trânsito na Zona Portuária, vias expressas e ponte.
Em diversos pontos do Rio, trabalhadores tiveram que seguir a pé por longas distâncias. Os taxistas também fecharam — por vezes até totalmente — um dos acessos a Ilha do Governador que dá acesso ao Aeroporto Tom Jobim, o que fez com que passageiros seatrasassem e perdessem voos. Como informou o Bom Dia Rio, manifestantes chegaram a tentar fechar a Ponte Rio-Niterói, no sentido Rio, mas foram impedidos pela Polícia Rodoviária Federal. A travessia na ponte, entretanto, era lenta: taxistas de São Gonçalo passavam em velocidade baixa pela via por volta das 7h15. Por volta das 9h30, eles se juntaram a motoristas do Rio e de Niterói no Centro, e seguiam para a Prefeitura. Faixas da Avenida Presidente Vargas foram fechadas.
Em Copacabana, na Zona Sul, segundo a organização do movimento, cerca de 300 taxistas estavam concentrados ao logo da Avenida Atlântica, na faixa lateral junto à orla. O grupo chegou ao local por volta das 3h e seguiu carreata até a sede do Tribunal de Justiça, no Centro do Rio, passando pelo Aterro do Flamengo.
CET-Rio, guarda Municipal e polícia militar reforçavam a segurança no local por volta das 6h50. “População consciente não anda de carro pirata, anda de transporte digno. O transporte de placa cinza não possui seguro de passageiro, não se deixa enganar. Temos uma história e sempre servimos bem a essa cidade, mas agora estamos sendo qualificados como bandidos por causa desses piratas”, diz um dos manifestantes. Um carro de som que acompanhava o protesto tocou o hino do Brasil.
Taxistas que estavam em Copacabana explicaram que estavam pedindo a derrubada da liminar que, segundo eles, proíbe a prefeitura de fiscalizar os taxistas ilegais e Uber. Por volta de 6h, o trânsito era bastante complicado na Rua Francisco Bicalho, no mesmo horário, já por causa da concentração de motoristas. Perto da região, o G1 presenciou o momento em que taxistas desceram de um carro e hostilizaram um taxista que estava trabalhando, tentando convencê-lo a aderir a manifestação.
Também na Francisco Bicalho, houve um princípio de confusão quando guardas tentaram retirar manifestantes da pista centra da via (veja vídeo abaixo). No Centro, como mostrou o Hora 1, outro grupo estava se concentrando às 5h45 perto do Aeroporto Santos Dumont. Às 9h42 eles chegaram ao aeroporto e protestaram.
PM
A Polícia Militar (PM) informou, no início da madrugada, que reforçou o policiamento nos locais de protestos.
O Batalhão de Policiamento em Vias Expressas vai aumentar o efetivo na Avenida Brasil e linhas Amarela e Vermelha. O Batalhão de Copacabana acompanhará, com 10 policiais, a manifestação no bairro. O Batalhão da Ilha do Governador confirmou que vai reforçar o policiamento, mas não informou o efetivo.
Do G1