No dia em que o plenário da Câmara começou a analisar se dá continuidade ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a executiva nacional do PP decidiu fechar questão a favor do afastamento. Com a decisão, parlamentares que contrariarem orientação podem sofrer punição – que serão avaliadas caso a caso, segundo o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI). A decisão vale, segundo ele, para deputados e também para senadores, caso o processo siga para o Senado.
Na terça-feira (11), a bancada do PP na Câmara já havia decidido votar a favor da continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A decisão foi anunciada pelo líder do partido na casa, Aguinaldo Ribeiro (PB), que já havia informado ser pessoalmente contra o afastamento da petista. Segundo ele, a orientação da liderança na votação em plenário será pela instauração do processo.
Ribeiro também esclareceu que as punições – que podem chegar até à expulsão do partido – serão avaliadas caso a caso. “Haverá, de acordo com estatuto do partido, punições previstas, que serão examinadas caso a caso”, disse.
O PP vinha demonstrando racha na bancada nas últimas semanas quanto ao processo de impeachment e a cúpula do partido negociava cargos com o governo em troca de apoio. O Planalto chegou a cogitar entregar o Ministério da Saúde à legenda, umas das pastas mais cobiçadas por causa do alto orçamento. No entanto, parcela dos deputados pressionava fortemente por um rompimento.
Segundo a liderança na Câmara, há 46 parlamentares na Câmara que poderão participar da votação. A bancada do PP no Senado conta com 6 representantes.
G1