Os ministros Eliseu Padilha(Casa Civil), Henrique Meirelles(Fazenda) e Ronaldo Nogueira (Trabalho) também devem participar da conversa. A equipe econômica montada por Temer tem dito, desde que o peemedebista assumiu interinamente a Presidência na última quinta (12), que uma das prioridades do governo será fazer uma reforma nas regras previdenciárias.
Na última sexta (13), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu que se estabeleça uma idade mínima para aposentadoria pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). De acordo com ele, a medida é fundamental para garantir o financiamento da Previdência.
“Haverá uma idade mínima de aposentadoria. O que precisa é uma determinação de governo. Vamos fazer. E apresentar uma proposta factível para sociedade. Idade mínima com uma regra de transição,” afirmou Meirelles.
A proposta foi criticada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), presidente nacional da Força Sindical. Em nota divulgada à imprensa, Paulinho disse que “repudia” qualquer tentativa de reforma na Previdência que retire direitos dos trabalhadores. Para ele, as propostas do novo titular da Fazenda para a área previdenciária são “inoportunas”.
“A estapafúrdia ideia defendida pelo atual ministro é inaceitável porque prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último governo já fez mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízos para os trabalhadores”, escreveu Paulinho em um dos trechos da nota.
A reunião desta segunda de Temer com as centrais é uma tentativa de reduzir a resistência dos sindicalistas a mudanças na Previdência. O presidente em exercício deverá apresentar propostas e ouvir sugestões. Segundo auxiliares, a ideia é demonstrar que as centrais serão ouvidas e participarão do processo.
Direitos de aposentados
Na última sexta (13), o ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu modificações nas regras previdenciárias. Ele não deu detalhes das medidas que serão tomadas, mas disse que o governo não pretende diminuir a remuneração de quem já está aposentado.
“Já se tomou a decisão técnica da maior importância que é construir algo sustentável. Por que queremos uma Previdência sustentável? Porque queremos que o aposentado de hoje e de daqui a 10 anos possa receber na integralidade o que deve receber. Não queremos que aconteça o que aconteceu na Grécia, que reduziu pagamento de quem já estava aposentado”, afirmou.