O Ministério da Saúde (MS) montou um grupo de trabalho para discutir a inclusão da fertilização in vitro entre os procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda em 2012. A decisão é tomada sete anos depois da publicação da primeira portaria que determinava o atendimento para casais com dificuldades em ter filhos. A fertilização in vitro é uma técnica de reprodução assistida onde óvulo e espermatozoide são fecundados em laboratório e, em seguida, o embrião é implantado diretamente no útero da mulher.
A técnica tem sucesso superior à inseminação artificial, mas também é mais cara. Em clínicas particulares, uma única tentativa pode custar até R$ 50 mil. Segundo a assessoria de imprensa do MS, o grupo discutirá os impactos financeiros da medida e locais para implantação do serviço. A coordenadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Reprodução Assistida do Hospital de Brasília, Rosaly Rulli, integra o grupo de trabalho. “Não está sendo discutido nada além da fertilização in vitro. O ministério já tem vários programas para o restante [das áreas da reprodução humana assistida], só a fertilização que não tem”, contou em entrevista ao G1.