
Morreu nesta sexta-feira, 5, em Rio Preto, aos 81 anos de idade, o violonista José Rastelli, um dos principais nomes da história da música na cidade. Natural de Araraquara, o músico atuou por mais de 10 anos na Orquestra Sinfônica de Campinas, na década de 1970. .
Ao longo de sua carreira, o violonista gravou seis discos, na época do vinil, e outros três CDs. Ao todo, Rastelli tem 12 músicas próprias.
A inserção de Rastelli na música mistura predestinação e relutância. O pai dele era fabricante de violino e violão. Ele começou a estudar violino por volta dos 10 anos.
Mais tarde, na adolescência, tentava encontrar emprego, mas o pai queria que o filho se dedicasse à música. Nessa época, ele morava em Catanduva. Só mais tarde viria para Rio Preto. O pai de Rastelli, que levava o menino onde tivesse um maestro, veio com o garoto para a cidade, onde ele se juntou a músicos adultos que formavam uma orquestra de amadores.
Rastelli formou-se em violino, mas sua paixão continuava sendo o violão. Em 1973, mostrou sua destreza no instrumento em um programa de TV apresentado por Hebe Camargo. Lá, apresentou Rapsódia Húngara nº 2, de Franz Liszt. Quando foi para a Orquestra em Campinas, no final dos anos 1970, começou tocando viola de gamba, instrumento tocada com arco.
Do mesmo modo que o violão é onde Rastelli sente-se confortável, o mesmo acontece com a música erudita, sua preferida. Mas isso não impediu que ele tocasse
o repertório popular.
Em 1987, o violonista se aposentou e abandonou a maratona de ensaios de cinco horas diárias na orquestra. Mas não se afastou do violão. Continuou fazendo concertos pelo Estado, que foram diminuindo com o passar da idade.




