O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, preferiu não responder ao presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, que nesta sexta-feira (30) voltou a criticar o Brasil por causa do andamento dos preparativos para a Copa de 2014.
Rebelo afirmou que não tem nada a dizer sobre o assunto. “O que o governo tinha a dizer sobre esse assunto eu já o fiz através de cartas, de notas e de entrevistas. A Copa do Mundo é muito importante para o Brasil, assim como as Olimpíadas, mas eu tenho absoluta consciência e segurança de que coisas muito mais difíceis o Brasil já foi capaz de realizar”, disse o ministro.
No último dia da reunião do Comitê Executivo da Fifa, em Zurique, na Suíça, o presidente da entidade, Joseph Blatter, demonstrou irritação com o andamento dos preparativos para a Copa de 2014, no Brasil. Ao contrário da última quarta-feira (28), quando reiterou confiança na organização do Mundial e garantiu que o Brasil terá uma Copa “excepcional”, Blatter mudou o tom.
“Pelo menos votaram a Lei Geral no Congresso. A bola está com eles agora. Queremos atos, e não mais só palavras”, disse o presidente da Fifa.
Blatter reiterou que o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, segue à frente dos preparativos para a Copa, mesmo após a revolta do governo brasileiro devido à polêmica declaração de que o país precisava de um “chute no traseiro” por causa dos atrasos em obras e na aprovação da Lei Geral. Blatter disse que esse é um assunto encerrado.
No entanto, durante a coletiva, não deixou Valcke falar publicamente sobre a polêmica. “Não há nenhuma mágoa nesse sentido por parte do governo, e este assunto está encerrado”.
Se não falou sobre seu impasse com o governo brasileiro, Valcke mostrou preocupação em relação à rede hoteleira do Brasil. O dirigente levantou a possibilidade de torcedores e jornalistas ficarem hospedados em cidades próximas aos locais dos jogos, em caso de falta de hotel para todos.
Valcke tinha viagem marcada ao Brasil no início de março, quando estavam previstas vistorias na Arena Pernambuco, em Recife, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, e na Arena Pantanal, em Cuiabá. Entretanto, devido à polêmica com o governo brasileiro, ele cancelou a visita.