Acontece hoje (03), em Juazeiro, uma palestra para apresentar um relatório com números acerca da atuação da Central de Apoio e Acompanhamento às Penas e Medidas Alternativas (Ceape) na cidade. O evento conta com a presença das entidades parceiras do órgão, além de membros do judiciário e do poder público municipal.
De acordo com a coordenadora geral da Ceape na Bahia, Andreia Mércia Araújo, “cerca de três mil pessoas estão em acompanhamento efetivo atualmente nos dez núcleos em todo o Estado, que atende 173 municípios. E ainda é preciso que os juízes apliquem mais penas e medidas alternativas para que possamos consolidar ainda mais o nosso trabalho e aumentar o número de atendimentos. Nessa palestra, iremos apresentar dados que façam com que as pessoas conheçam a ação para que não tenham preconceitos, pois as pessoas que são encaminhadas para a prestação de serviço comunitário são pessoas que cometeram infração leve e que não merece ser preso”.
Segundo relatos da coordenadora, esse modelo já tem sido copiado para outras localidades. “A implantação desses núcleos deu tão certo que cidades da Argentina já copiaram o nosso modelo. Nesses 10 anos de atuação na Bahia, 2.935 pessoas já passaram pela CEAPA e ajudaram a construir uma sociedade melhor, pois eles acabam ficando, muitas vezes, como voluntários nessas instituições”.
Em Juazeiro, cerca de 200 pessoas são atendidas pela Central e têm prestado serviço a creches, escolas, asilos, centros de recuperação, entre outras entidades, que somam mais de 75 entidades. “O que buscamos é humanizar mais a sociedade, acreditando em políticas públicas como essa. O que falta agora é sensibilizar o poder judiciário e informar a sociedade sobre o tipo de serviço comunitário desenvolvido”, esclarece a coordenadora.
Por Laiza Campos
Foto: Cristina Duarte