A audiência pública para debater o abate, a comercialização de carnes, ovos, queijos, leites e seus derivados, ocorrida na manhã de ontem (03), na Câmara de Vereadores de Juazeiro, abriu um embate entre produtores, vereadores e representantes do poder público municipal. Representantes de bancos públicos e do Ministério Público não compareceram à sessão.
De acordo com Leonardo Bandeira (PT), autor do requerimento aprovado por unanimidade, “as recentes ações que resultaram na prisão de comerciantes de doces e carnes no município precisam ser averiguadas, por faltar informação a comunidade, que muitas vezes nem sabe quais os procedimentos que devem ser adotados. É dever do governo municipal ajudar esses produtores criando políticas públicas que melhorem a condição de vida dessas pessoas. O Ministério Público é o fiscal da lei, mas é preciso rever a maneira como está sendo conduzido”.
O representante da Adab (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia), Carlos Kléber Nascimento se defende afirmando que deve existir apoio do governo municipal. “Somos os responsáveis diretos pela fiscalização de transporte depois do abate desses animais, mas faltam políticas de mercado para adequação às normas. Foram prometidas ajudas ao matadouro para que diminua o valor do abate e isso nunca foi cumprido. Estaremos tentando junto à promotoria que esse prazo de adequação seja estendido – dentro do que manda a lei, mas precisa ser resolvido porque essa é uma questão de saúde pública. Existe a brecha que permite que a carne de sol seja manipulada em açougues, mas, para isso, é preciso a autorização e fiscalização da Vigilância Sanitária porque é exigida uma temperatura adequada”, explica Kléber.
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