O reversor da turbina direita provocou o recuo brusco da manete – haste que acelera ou reduz o motor da aeronave. Sinais sonoros e visuais que alertariam para o problema não se manifestaram na cabine de comando do avião, o que desencadeou uma correção errada.
O piloto então perdeu o controle da aeronave, porque enquanto o motor esquerdo acelerava, o outro executava um movimento contrário, de desaceleração do avião.
As conclusões constam do relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Comando da Aeronáutica, que fez recomendações de segurança às fabricantes do reverso, do avião Fokker e à companhia aérea TAM. O documento foi divulgado em 1998.
Ao se aproximar da rua onde caiu, a cerca de 2 km do aeroporto, o avião esbarrou em um prédio na esquina com a Avenida Jarupari, próximo à Escola Estadual Doutor Ângelo Mendes de Almeida.
A asa direita do avião cortou parte de um outro prédio na esquina da Rua Luís Orsini de Castro. A aeronave ainda levou o telhado de um sobrado, no número 40 da mesma rua, onde fez a primeira vítima em terra. O avião caiu no lado ímpar da rua, nas oito casas entre os números 59 e 125. Duas vítimas que estavam no solo morreram no número 77.
O Tribunal de Justiça de São Paulo que condenou a Northrop Grumman Corporation, fabricante do reverso do Fokker 100 da TAM a indenizar famílias de vítimas do acidente aéreo. O valor da indenização por danos morais foi de 333 salários mínimos.
Em nota, a LATAM Airlines (nome atual da companhia aérea TAM) afirmou que “se solidariza com todos aqueles que foram afetados por este trágico acidente 20 anos atrás. Embora consciente de que nada poderá compensar a perda dos entes queridos, a companhia empenhou-se, desde o primeiro momento, em apoiar os familiares de todas as maneiras e concluir o mais rapidamente possível o procedimento de indenização”.
“Todas as informações sobre as causas do acidente foram esclarecidas no relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que também fez as recomendações necessárias sobre as mudanças de procedimentos adotadas pela companhia na época, além de solicitar modificações técnicas à fabricante da aeronave”, diz a nota da LATAM.






