João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, foram alvos da Operação Lava Jato, pela primeira vez, na 23ª fase, deflagrada em fevereiro de 2016. Esta etapa recebeu o nome de Acarajé, que era como os suspeitos se referiam ao dinheiro irregular, de acordo com a Polícia Federal (PF).
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), parte da propina paga a partir do esquema de corrupção existente na Petrobras foi destinada ao Partido dos Trabalhadores (PT) para pagar serviços eleitorais.
João Santana foi marqueteiro nas campanhas presidenciais dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
“A lavagem encobriu a utilização de produto de corrupção para remuneração de serviços eleitorais, com afetação da integridade do processo político democrático, o que reputo especialmente reprovável. Talvez seja essa, mais do que o enriquecimento ilícito dos agentes públicos, o elemento mais reprovável do esquema criminoso da Petrobrás, a contaminação da esfera política pela influência do crime, com prejuízos ao processo político democrático”, afirmou Moro na sentença.
Veja quem são os condenados e os crimes
– João Cerqueira de Santana Filho – marqueteiro: 8 anos e quatro meses, lavagem de dinheiro
– Mônica Regina Cunha Moura – mulher de João Santana: 8 anos e quatro meses, lavagem de dinheiro
– Zwi Skornicki – operador: 15 anos, 6 meses e 20 dias, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, e organização criminosa
– João Vaccari Neto – ex-tesoureiro do PT: 10 anos, corrupção passiva
– João Carlos de Medeiros Ferraz – ex-diretor da Sete Brasil: 8 anos e 10 meses, corrupção passiva e organização criminosa
– Eduardo Costa Vaz Musa– ex-gerente da Petrobras: 8 anos e 10 meses, corrupção passiva e organização criminosa.
Zwi Skornicki, Eduardo Musa e João Vaccari Neto foram absolvidos do crime de lavagem de dinheiro; João Santana e Mônica Moura foram absolvidos do crime do crime de corrupção passiva.
Da lista dos condenados, três são colaboradores da operação: Skornicki, Ferraz e Musa.
Moro também determinou um novo mandado de prisão preventiva contra João Vacari Neto. O ex-tesoureiro do PT já está preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o juiz, ele não poderá recorrer em liberdade, caso consiga revogar a prisão anterior. Os demais condenados poderá recorrer em liberdade.



