Onovo relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Edson Fachin, acompanhou todas as decisões mais importantes de Teori Zavascki, seu antecessor na função, quando assuntos controversos do caso foram levados ao plenário da Corte.
Fachin raramente teve de se debruçar sobre processos do esquema de corrupção investigado pela operação porque não integrava a Segunda Turma, responsável pela análise da Lava Jato e da qual fazia parte Teori, morto no mês passado. O novo relator só examinava pedidos que necessitavam de decisão de todos os 11 ministros do STF.
Nesses casos, Fachin nunca divergiu de Teori, sempre referendando o voto do relator, com descrições mais sintéticas da controvérsia e quase sem comentários sobre os políticos envolvidos, reforçando o perfil de discrição que se tornou marca de sua atuação na Corte.
Veja abaixo como o ministro votou nesses casos levados a plenário:
Eduardo Cunha
Numa das decisões mais graves do STF e inédita na história da República, o STF decidiu afastar da presidência da Câmara e do mandato parlamentar o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por entender que ele usava o cargo para prejudicar as investigações da Lava Jato e o andamento do processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara.
A decisão foi unânime, com 11 votos a favor. Ao acompanhar Teori, Fachin elogiou a decisão do colega, abrindo mão de mais argumentos contra o peemedebista.
“Não obstante a densidade e a gravidade, não vejo necessidade de reiterar os argumentos que já foram de modo acutíssimo expostos pelo relator. Eu referendo a liminar, e portanto acompanho integralmente o ministro Teori Zavascki”, afirmou no plenário.




