O desconto em folha dos dias parados pelos trabalhadores dos Correios que aderiram à greve foi o impasse para o fechamento de um acordo entre o sindicato da categoria e a estatal. O presidente da empresa, Wagner Pinheiro, disse à Agência Estado que, em reunião nesta quarta-feira (28) no Ministério Público do Trabalho, as negociações chegaram a avançar.
Os Correios decidiram pagar um abono de R$ 500,00 e um aumento de R$ 80,00 a partir de janeiro em substituição à proposta inicial que previa um abono de R$ 800,00 e uma parcela fixa de aumento no salário de R$ 50,00. No entanto o sindicato se retirou da mesa de negociações, segundo Pinheiro quando a estatal abordou o corte do ponto de quem aderiu à greve. “Lamentamos eles terem tomado a iniciativa de ir para a Justiça. Não descontar (os dias parados) não tem condição”, afirmou Pinheiro.
Segundo Pinheiro, a empresa até se dispôs a fazer o desconto dos dias parados de forma parcelada, mas o sindicato foi irredutível. “Reconhecemos o direito de greve dos trabalhadores, mas a empresa tem também o direito de efetuar o desconto”, disse.
Diante da situação, Pinheiro reforçou pedido de desculpas da empresa à população pelos transtornos causados e reiterou o apelo para que os carteiros voltem ao trabalho. “Vamos fazer um apelo para os carteiros voltarem ao trabalho, porque temos convicção de que é isso que eles querem”, afirmou. Pinheiro lembrou que a estatal tem feito mutirões para fazer triagens e entregar encomendas e que já convocou 5.300 aprovados no concurso realizado em maio para amenizar os efeitos da greve.
Fonte: Agência Estado