Diante da votação da denúncia contra Michel Temer (PMDB), o Palácio do Planalto tem se esforçado para evitar traições na base governista, principalmente dentro do próprio PMDB. Os cálculos da sigla apontam que ao menos oito deputados, o equivalente a mais de 10% da bancada peemedebista, podem votar contra o presidente no plenário da Câmara. Dois deles, Jarbas Vasconcelos (PR) e Sergio Zveiter (RJ) – relator de voto contrário ao presidente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – são considerados irreversíveis.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, a estratégia do partido para garantir a rejeição da denúncia inclui ameaças de exclusão das atividades partidárias e comissões do Congresso, além de bonificações àqueles que se mostram fieis a Temer. O presidente foi denunciado por corrupção passiva pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Se a denúncia for aceita pela Câmara, ela seguirá para análise e votação no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
BN