A delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci deve mesmo ficar para análise da procuradora-geral nomeada, Raquel Dodge, que assume o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) no próximo dia 18 de setembro.
De acordo com informações do portal G1, os procuradores da Lava Jato não têm mais tempo hábil, até a saída do atual procurador-geral, Rodrigo Janot, para examinarem e decidirem se aceitam ou não a proposta do político.
O advogado do ex-ministro, Adriano Bretas, não se pronunciou sobre o assunto nem adiantou se há fatos novos sobre as negociações.
A decisão de Palocci de iniciar tratativas para um acordo de delação premiada ocorreu após a divulgação, no mês de maio último, do conteúdo dos depoimentos do casal de publicitários João Santana e Mônica Moura, que afirmaram que o então ministro era o responsável pelo pagamento de recursos não declarados durante as campanhas do PT à Presidência.
Segundo a Agência Brasil, em mensagem ao Supremo Tribunal Federal (STF), o juiz Sérgio Moro ressaltou haver indícios de que o ex-ministro movimentou cerca de R$ 150 milhões em um conta do PT junto ao chamado departamento de propina da empreiteira Odebrecht.
Em depoimento perante Moro, em abril, Palocci negou ter atuado como intermediário de caixa 2 para o PT e se disse disposto a colaborar com a Lava Jato, indicando que poderia negociar uma delação.
“Acredito que posso dar um caminho que talvez vá dar um ano de trabalho, mas é um trabalho que faz bem ao Brasil”, disse na ocasião.
A expectativa é que os depoimentos de Palocci envolvam, principalmente, instituições financeiras do País.
Fonte: Notícias ao Minuto




