A região nordeste do Brasil vem sendo apontada como grande polo de desenvolvimento de projetos de inovação em parceria com empresas. É o que mostra o último balanço semestral da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII). Ao todo são 29 projetos, com investimento de R$ 12,4 milhões e divididos entre os estados da Paraíba, Ceará e Bahia.
A Unidade EMBRAPII que mais contratou projetos foi o Centro de Engenharia Elétrica e Informática (CEEI), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba. Foram 20 projetos na área de Software e Automação, no valor de R$ 8 milhões.
Em seguida, vem o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), que fechou seis projetos na área de Sistemas Embarcados com empresas cearenses, no valor de R$ 3 milhões. A Bahia segue representada pelas Unidades Senai Cimatec (Manufatura Integrada), com dois projetos no valor de R$ 1 milhão; e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Tecnologia em Saúde), com um projeto de R$ 400 mil.
De acordo com o balanço, além das empresas parceiras no Nordeste, a Embrapii também conta com parceiros nas regiões Sul e Sudeste, o que comprova a capacidade técnica das Unidades em desenvolver soluções inovadoras. Em um momento econômico em que há um recuo nos investimentos em inovação, a EMBRAPII se mostra como uma parceira viável para os empresários que necessitam de apoio para inovar em seus negócios. No balanço geral das 34 Unidades EMBRAPII espalhadas pelo Brasil, foram fechados 60 projetos de inovação com investimento de R$ 115 milhões.
“O balanço mostra que o empresariado já consegue ver no investimento em inovação um caminho para aumentar a competitividade dos seus negócios. É uma oportunidade em meio à crise. E no Nordeste, particularmente, essa retomada é considerável. O volume de investimentos prova a capacidade da região em atrair novos negócios”, afirma Jorge Guimarães, diretor-presidente da EMBRAPII.
A EMBRAPII mantém contrato de gestão com o Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Ministério da Educação (MEC) e atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais e como alvo, o compartilhamento de risco na fase pré-competitiva da inovação.
O financiamento da instituição obedece a seguinte regra geral: a EMBRAPII pode investir até 1/3 das despesas das Unidades com projetos de PD&I com empresas, enquanto o restante é dividido entre a empresa parceira e a Unidade. Ao compartilhar riscos de projetos com as empresas (por meio da divisão dos custos do projeto), estimula-se o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para, assim, potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional.




