Com R$ 15,8 milhões da verba de custeio retida, a Universidade Federal da Bahia (Ufba) pode iniciar o ano de 2018 no vermelho e sem garantir a plena prestação de serviço à comunidade acadêmica.
A previsão foi feita pelo reitor João Carlos Salles durante a coletiva em que anunciou a nova edição do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão, na manhã desta terça-feira (10). “Uma parte do orçamento da Ufba está bloqueado e se essa verba não for liberada, a universidade vai entrar o próximo ano com dívidas”, comentou.
Esse valor equivale a 10% do orçamento de custeio do ano, que é de R$ 158.007.419,00. Soma-se a esse desfalque o contingenciamento, por parte do governo federal, de R$ 4,7 milhões da verba de capital, que pode fazer com que a instituição inicie o ano com R$ 20.557.748,00 a menos para dar conta dos investimentos e despesas operacionais.De acordo com o reitor, basta o déficit no custeio ocorrer, que a instituição já vai ter dificuldade de arcar com despesas fixas, como pagamento de luz, água, além de limpeza e manutenção dos campi.
Apesar da redução, Salles garantiu que existe um esforço por parte da universidade para garantir bolsas, auxílios para alunos e a manutenção das unidades. “No momento, estamos honrando todas as bolsas da Ufba e estamos conseguindo manter todos os serviços na universidade”, afirmou.O investimento em material permanente, como computador, ar condicionado e mesas, além da realização de obras, por exemplo, também fica ameaçado com os R$ 4,7 milhões a menos no orçamento de capital. “Continuamos lutando por verba de custeio, para pagamento de terceirizados e etc; e de capital, para dar continuidade a obras. Ainda estamos brigando por mais limite e por um desbloqueio do nosso crédito, para que aquilo que seja pactuado no orçamento da universidade seja mantido”, declarou o reitor.
Política Livre
Foto: Divulgação




