Em uma cerimônia no Palácio do Planalto ontem (27), Raul Jungmann, que até então era ministro da Defesa, tomou posse como ministro da recém-criada pasta da Segurança Pública.
A cerimônia de posse teve a participação do presidente Michel Temer, dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e de outros ministros do governo.
No discurso, Jungmann disse que vai “abrir mão” da vida política para se dedicar “integralmente” ao novo ministério. Ele também afirmou que a violência no país representa um “risco para as instituições, para o Estado e para a própria democracia”.
O ministro listou desafios a ser enfrentados na segurança pública e citou a crise no sistema carcerário.
“Se nós olharmos mais amplamente o que vem acontecendo com relação ao crime organizado, o cenário é tão desolador ou mais […] Quadrilhas que continuam de dentro do sistema carcerário a apavorar a nossa cidadania. O sistema carcerário, que infelizmente continua a ser em larga medida home office do crime organizado”, afirmou.
O presidente Michel Temer, também em discurso, disse que o governo federal não é “capaz de por conta própria resolver” a crise da segurança no país. Ele defendeu a cooperação entre União, estados e municípios e também o diálogo com o Congresso Nacional.
Ele falou sobre a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro e disse que o governo não vai limitar o auxílio no combate à violência ao estado fluminense.
Temer defendeu a integração dos esforços de inteligência para combater o crime. Segundo ele, a medida provisória que criou o novo ministério vai estabelecer e coordenar a integração do serviço de segurança.
“É preciso, nos dias atuais, em face do avanço tecnológico que o banditismo soube aproveitar, é preciso ter sistemas de inteligência que detectem essa movimentação daqueles que traficam, que causam os maiores problemas para a sociedade brasileira”, afirmou.
G1


