O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse em evento em São Paulo nesta terça-feira (6) que cerca de 1 milhão de moradores do Rio vivem hoje um “regime de exceção”. Segundo ele, os cariocas “não têm direitos e garantias constitucionais”.
A escalada da violência no Rio motivou o presidente Michel Temer (MDB) a assinar, em fevereiro, um decreto de intervenção federal na segurança pública do estado. Para o cargo de interventor, nomeou o general do Exército Walter Souza Braga Netto, que disse que o objetivo é “recuperar a credibilidade” da segurança pública no estado.
Segundo o ministro, o crescimento do crime causa conflitos com as instituições de estado “e cria, por exemplo, territórios de exceção”.
Jungmann voltou a dizer que os comandos das organizações criminosas saem do sistema carcerário. “O home office do crime organizado está dentro dos nossos presídios.”
Para combater esse cenário, ele sugere o uso de parlatórios, separando os presos das visitas com uma parede de vidro que permite que todo o contato seja gravado. “Como vocês já viram em filme. Mas isso dependerá de um acordo a ser feito e de uma normatização a ser realizada.”
Evento
Jungmann participou do primeiro dia da 13ª Feira e Conferência Internacional de Segurança (ISC Brasil 2018), na Zona Norte de São Paulo, onde se reuniu com os comandantes das polícias militares e dos bombeiros do país.
Aos comandantes militares, Jungmann falou sobre a importância de combater o crime organizado. “Ou nós enfrentamos essa luta, ou então nós vamos ter crescentemente essa ameaça à sociedade, às instituições e a própria democracia”, disse o ministro.
G1




