Subiu para seis o número oficial de desaparecidos no desabamento do prédio no largo do Paissandu, no Centro de São Paulo. Agora, os bombeiros também buscam um casal desaparecido.
Além do Ricardo, que quase foi resgatado e foi registrado caindo do prédio, Selma e seus filhos gêmeos, agora, as equipes buscam Eva Barbosa Silveira, de 42 anos, e seu marido, Walmir Souza Santos, de 47. Eles estavam no oitavo andar do prédio.
Desaparecidos:
- Ricardo Pinheiro – morador que caiu quando era resgatado por Bombeiros
- Selma Almeida da Silva – moradora
- Welder – de 9 anos, filho de Selma
- Elder – de 9 anos, filho de Selma
- Eva Barbosa Lima – 42 anos
- Walmir Sousa Santos – 47 anos
Na quinta-feira, as irmãs Edivânia da Silveira e Vaneide buscavam estão agoniadas buscando informações sobre a mãe, Eva Barbosa da Silva. Eva e o marido, Walmir Souza, moravam no prédio e não foram vistos desde o desabamento. “Eu penso que ela está aí, porque eu deixei ela aí. Ou então, se alguém tentou salvar ela, fui no hospital e não achei”, diz Evaneide.
O incêndio foi causado por um curto-circuito em uma tomada no quinto andar do prédio, segundo depoimento de uma sobrevivente à polícia. O Secretário de Segurança Pública, Mágino Alves, confirmou a versão da moradora afirmando que o curto-circuito provocou o incêndio.
Nenhum dos desaparecidos foi localizado no início do 4º dia de buscas. A montanha de entulho nos escombros do prédio chega a 15 metros de altura. Mais de 40 homens passaram a madrugada trabalhando nas buscas. Agora são 5 máquinas auxiliando na retirada dos escombros, como retroescavadeiras e um trator.
“São grandes equipamentos que vieram pra cá agora, nós temos 4 máquinas, 2 rompedores e duas retroescavadeiras. Elas conseguem limpar melhor o acesso para que a gente consiga localizar algumas células de sobreviventes, bolsões de ar, como ontem aconteceu. Nós conseguimos localizar dois pontos, foram checados pelos cães, por câmeras e bombeiros e nada foi encontrado. Então, a gente vai continuar removendo os entulhos para que a gente possa chegar aos andares que estão abaixo desse ponto”, declarou o capitão Marcos Palumbo, porta-voz dos bombeiros. De acordo com o capitão foram removidos 200 toneladas por dia de entulho dos escombros.
Na manhã desta sexta-feira (4) foram encontradas roupas dos moradores no meio dos escombros. As máquinas pararam e foi feita uma busca manual, mas nada foi encontrado.
Durante a retirada dos escombros, os bombeiros encontraram seis botijões de gás na mesma área no fim da noite desta quinta (3) que indica que o local era habitado e voltaram a buscar manualmente com a esperança de encontrar vítimas.
A possibilidade de encontrar alguma vítima com vida diminui no quarto dia de buscas.
“Depois de 72h é menor que 30%. E essa porcentagem, essa probabilidade vai diminuindo muito a partir dessas 72 horas, então em 5, 6 dias a coisa já começa a ficar muito, muito difícil”, afirmou o capitão Paulo Maculevicius, do Corpo de Bombeiros.
Conforme as máquinas vão retirando os escombros ainda é possível ver fumaça saindo de focos de fogo que estão abaixo do nível da rua. A previsão inicial de que os escombros seria removido em sete dias foi ampliada e o trabalho deve demorar mais tempo do que o previsto.
G1




