O município de Petrolina perdeu na segunda-feira (7) um de seus maiores símbolos quando o assunto era ajudar o próximo. Aos 82 anos, a professora Maria das Dores de Souza, ou Dona Duzinha, como ficou conhecida, faleceu em João Pessoa-PB, onde passaria por um procedimento cardíaco. Ao longo da vida ela provou que é possível ajudar os mais carentes, sem pedir nada em troca.
Dona Duzinha nasceu na cidade de Cabrobó, também no Sertão de Pernambuco, no dia 18 de outubro de 1935. Criada em uma família com nove irmãos, divididos em três homens e seis mulheres, sempre esteve rodeada de muitas pessoas. Foi em Cabrobó que Dona Duzinha se casou e ficou viúva aos 36 anos. Na época, fez um pedido especial aos céus. “Pedia a Deus que me adotasse”, recordou em entrevista ao G1, no mês de abril. Sem a presença do marido, e acolhida por Deus, criou 12 filhos, sendo 10 biológicos e dois adotivos.
A mudança para Petrolina aconteceu em 1979. Desde que chegou ao município, que despontava como o principal polo do sertão pernambucano, Dona Duzinha percebeu que não poderia virar os olhos para os problemas que a cercavam. “A cidade tinha muito lixo e podridão”, disse.
Em nota de pesar enviada a imprensa, a assessoria da vereadora Cristina Costa (PT) destacou que em seus primeiros anos morando em Petrolina, a professora “começou ajudando pessoas carentes distribuindo sopa para quem tinha fome. Fazia isso em casa, na Rua da Harmonia, na Vila Mocó, hoje, Jardim Paulo Afonso. Quando precisou construir um muro na casa onde morava, fez com parede baixa, para ver quem passava pedindo esmolas e não perder a oportunidade de oferecer apoio”.
Esse foi o início de uma obra que ajudou a transformar a vida de inúmeras pessoas. Mãe de 12 filhos, avó de 17 netos e oito bisnetos, ao longo da vida ela foi acolhendo mais gente. Os filhos do coração de Dona Duzinha ganharam abrigo, alimentação, amor e educação na creche criada por ela.
Fonte: Portal G1 Petrolina




