A CPMI do Cachoeira, criada para apurar as práticas criminosas desvendadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, custará, pelo menos, R$ 200 mil. Os gastos, referentes a compra de passagens, hospedagens e diárias, foram colocados à disposição dos integrantes da comissão, palco até agora de acordo entre partidos e do silêncio de investigados. Formada há cerca de um mês, a CPMI blindou governadores, resiste a quebrar os sigilos da construtora Delta e tomou o depoimento de apenas seis pessoas. Para alguns parlamentares, o trabalho da comissão pode ser inócuo diante da investigação já feita pela Polícia Federal. “Há uma disputa entre PT e PSDB que está travando a investigação e varrendo todas as acusações para debaixo do tapete”, afirmou a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). Na semana passada, ela disse na comissão que os parlamentares faziam “papel de bobos” ao insistirem no depoimento do contraventor Carlinhos Cachoeira, que se manteve calado.
Agência Estado