Com convenções marcadas ou não, os partidos continuam tentando atrair outras legendas para formar alianças rumo ao Palácio Thomé de Souza. À frente nesse processo, o candidato Nelson Pelegrino (PT) deve ter nos próximos dias a confirmação da adesão do PR e do PSC, além do PSD, que a tornou pública ainda em 2011.
“Os partidos se integram à base para formalizar apoios políticos. Estamos em fase de costura e, no momento certo, vamos anunciar”, garante o presidente estadual do PT, Jonas Paulo.
Os republicanos, que recentemente ganharam a vice-presidência de Governo do Banco do Brasil com o ex-senador César Borges, desembarcam no governo Jaques Wagner com um cargo no primeiro escalão e, possivelmente, dois no segundo.
A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e a Agência de Saneamento Básico, cujo decreto que a cria foi encaminhado para a Assembleia na segunda em regime de urgência, ficariam sob a batuta de indicados do PR. Fontes da Tribuna confirmam que a Conder deve passar para o controle dos republicanos assim que o anúncio do apoio for feito.
No caso do PSC, em contrapartida da adesão à candidatura petista, a legenda, segundo informações de fontes seguras do Palácio de Ondina, vai poder indicar a presidência do Ibametro, duas diretorias da Junta Comercial da Bahia (Juceb), uma diretoria de um importante órgão federal no Estado. Em reunião em Brasília, a diretoria nacional social-cristã não tinha posição oficial sobre o apoio à candidatura de Pelegrino até o fechamento da edição. Mesmo que a decisão ainda não seja formalizada, o indicativo deve ser por integrar a campanha petista.
Para a oposição, essas negociações não facilitam na hora de buscar apoios aos projetos, como sugere o deputado federal e presidente estadual do PMDB, Lucio Vieira Lima. “Não temos cargos ou órgãos, então fica complicado”, pondera o parlamentar, que, apesar de criticar a troca de favores, é irmão do vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima, beneficiado em situação similar na esfera federal. Ainda assim, o líder peemedebista garante que segue buscando adesões. “As conversas só se encerram quando os acordos são anunciados. Enquanto isso, continuamos as negociações”, completa. (FD).
Tribuna da Bahia